As oscilações no mercado internacional são amenas na manhã desta sexta-feira (7), o que se reflete também nas taxas de juros negociadas no Brasil. No entanto, depois de uma sessão mais técnica ontem, o mercado ainda pode voltar a exibir aumento de prêmios na sessão de hoje, a depender do noticiário interno e externo. Depois que o Federal Reserve elevou o tom além do esperado, hoje os mercados aguardam discursos de dirigentes do BC americano e, principalmente, o resultado do relatório de empregos de dezembro, o “payroll”, que será conhecido às 10h30 (de Brasília).
A expectativa é de números robustos do mercado de trabalho americano, na esteira do que já sinalizou esta semana o relatório ADP. Com agenda doméstica escassa, os investidores mantêm no foco questões como a pressão de servidores públicos por aumento salarial e as possíveis implicações do movimento grevista no abastecimento e no comportamento dos preços.
Para o departamento de economia da Renascença, uma vez confirmada a expectativa de um payroll forte, o mercado poderá aumentar ainda mais suas apostas em uma postura “hawkish” do Federal Reserve, que acenou com uma antecipação para março do primeiro movimento de alta dos juros nos Estados Unidos no período da pandemia, promovendo também uma aceleração no ajuste das condições monetárias.
O cenário doméstico também prescreve cautela, que pode ser redobrada com a proximidade do final de semana. “De um lado, o noticiário aponta claro fortalecimento do movimento grevista do funcionalismo público, algo que poderá não somente trazer problemas de governabilidade e impactos nas contas públicas, como também futuros problemas de abastecimento. De outro lado, iniciado o ano eleitoral e com Lula consolidado como líder isolado nas pesquisas, geram incômodo artigos e sinalizações advindos do PT sobre a possível forma de condução da política econômica do país”, afirma em relatório a Renascença.
Acompanhando o viés de alta do dólar, às 9h42 desta sexta, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 era de 11,96%, ante 11,97% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 projetava 11,36%, contra 11,33% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,26%, contra 11,22% do ajuste anterior.
Por Paula Dias
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